Em um ambiente bem feminino, a peça A Maçonaria do Silêncio retrata a comunicação deficitária que ocorre em uma família de mulheres que apesar de falarem muito, pouco se entendem.Em um clima de isolamento, vivem a mãe, a tia e as duas filhas. Após voltarem a morar juntas, mãe e filhas não conseguem obter o diálogo entre elas e o que se vê é uma série de estranhamentos sobre as manias, escolhas sexuais e traições, levando cada uma a falar uma língua diferente.A cenografia colabora ainda mais com a sensação de separação de idéias e solidão dentro da casa, assim como o figurino e trilha sonora também ressaltam o contexto da montagem. Em uma das passagens da peça fica claro a desconexão existente no lar, quando as personagens dançam ao som de um tango argentino, vestidas com quimonos japoneses.A encenação conta com a direção de Eduardo Ruiz, dramaturgo e diretor, formado pelo curso de interpretação na ECA-USP. Colaborou com diversos textos para espetáculos como “Ophélias” e “A Casa Antiga” com direções de Ruy Cortez e Eduardo II, direção de Marcelo Fonseca. Também trabalha como compositor e teve canções gravadas no álbum “Fernanda Porto”, lançado pela Trama Edições. Sua última direção foi na montagem “Alucinose”.
Ficha Técnica:Texto e direção: Eduardo Ruiz;Elenco: Almara Mendes, Roberta Alonso, Gisele Valeri e Mirella Tronkos
por Angelina Vitor
fonte: Guia SP
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