Aprovado o padrão mundial para IPTV

O Ginga-NCL foi aprovado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) como o primeiro padrão tecnológico para a IPTV do mundo. Desenvolvido pela PUC-RJ, o padrão é um dos módulos do Ginga, middleware de interatividade do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).

Com a aprovação, o sistema brasileiro poderá ser adotado por qualquer fabricante de conversores de TV digital com acesso a internet. Tanto a linguagem utilizada, chamada de Nested Context Language, como a plataforma de execução (Ginga-NCL) foram incluídas na recomendação.

Por meio de um comunicado, a Anatel disse que a decisão foi resultado das propostas apresentadas por iniciativa da agência. Prometida desde o início das discussões sobre o melhor padrão para TV digital no Brasil, a aprovação da UIT pode ser o primeiro passo para a interatividade.

Leia um trecho do comunicado da Anatel:

"O Ginga-NCL é o primeiro padrão a ser aprovado e recomendado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) para aplicações interativas em IPTV. A Recomendação H.761 - "Nested Context Language (NCL) and Ginga-NCL for IPTV services" foi aprovada pelo Setor de Normalização da UIT (UIT-T), no último dia 29, como resultado de propostas apresentadas por iniciativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O Grupo Relator de Normalização 6 (GRN-6), um dos grupos da CBC-3 e responsável pela discussão do tema IPTV dentro da Anatel, mantém contato com universidades e institutos de pesquisa desde 2001, por meio de reuniões, seminários e grupos de discussão. Em 2007, a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) e a PUC-Rio começaram a consolidar as contribuições que resultaram na aprovação da Recomendação H.761.

Para executar sua atribuição de "representar o Brasil nos organismos internacionais de telecomunicações", definida pela Lei Geral de Telecomunicações (LGT), a Anatel criou as comissões brasileiras de comunicações (CBCs). No âmbito das CBCs, são realizados estudos e análises de questões técnicas de interesse específico nacional e elaboradas propostas de contribuições e posições brasileiras em foros internacionais de telecomunicações; além de promover seminários, reuniões e debates."

Fonte:Plantão Info
Michel M. Nazar