quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ministério lembra Rondon no Dia Nacional das Comunicações

Data é homenagem ao marechal que implantou as primeiras linhas telegráficas no país

Brasília – Nesta terça-feira, 5 de maio, Dia Nacional das Comunicações, o Ministério das Comunicações lembra o feito histórico do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Durante 25 anos, entre o final do século 19 e início do 20, Rondon desbravou mais de 50 mil quilômetros de sertão, estendendo 2 mil quilômetros de fios de cobre pelo país, ligando a então capital federal, Rio de Janeiro, às mais distantes localidades pelo telégrafo.

Para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a obra do marechal Rondon tem importância e significado profundo para o país. “O feito do marechal Rondon merece ser saudado. E, mais do que isso, lembrado para as novas gerações como ato de patriotismo desse brasileiro, que nos orgulha pela sua importante obra”, disse. Hélio Costa lembra que, no século 19, existiam somente estradas carroçais, conhecidas como imperiais, e as dificuldades de penetração no território brasileiro eram grandes.

A obra de Rondon é extensa. Além de assentar milhares de quilômetros de linhas telegráficas, catalogou dados geográficos e cartográficos do então desconhecido interior do país, inspecionou as fronteiras do Amapá ao Rio Grande do Sul, criou parques nacionais e presidiu o Conselho de Proteção aos índios.

Nascido em 5 de maio de 1865, em Mimoso, cidade próxima a Cuiabá (MT), Rondon tinha origem indígena por parte de seus bisavós maternos - das tribos Bororo e Terena - e de uma bisavó paterna que era índia Guaná. Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, tornou-se órfão precocemente e nem chegou a conhecer o pai, que morreu antes mesmo de Rondon nascer. A mãe faleceu quando ele tinha apenas 2 anos de vida. Criado pelo avô, Rondon ingressou cedo na escola militar, no Rio de Janeiro, aos 16 anos de idade.

O reconhecimento à sua obra ultrapassou as fronteiras nacionais, sendo um dos poucos brasileiros a ter seu nome inscrito em letras de ouro no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque. Ficou conhecido como o explorador que desbravou mais profundamente em terras tropicais, ao lado de outros como Amundsen e Pearry, descobridores dos pólos Norte e Sul; e Charcot e Byrd, exploradores que mais desbravaram as terras árticas e antárticas. Rondon ganhou as insígnias do posto de marechal em 1955, em cerimônia do Congresso Nacional. Três anos depois, falecia, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos.

ASCOM / Ministério das Comunicações- via email

Por Silas Bonetti

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